O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que os primeiros recursos emergenciais para lidar com os estragos deixados pela chuva no Rio Grande do Sul começarão a ser liberados pelos ministérios a partir desta terça-feira (7).
“Estamos naquela fase que o emergencial vai ser liberado a partir de hoje”, disse Lula em entrevista ao programa Bom Dia, Presidente, do Canal Gov. “[Os ministérios] já têm autorização para começar a liberar os recursos iniciais para os primeiros socorros. E depois a gente vai trabalhar junto com o governador em um projeto.”
Lula também reforçou que o governo federal atuará com intensidade nas ações de reconstrução no estado, e que “não faltará empenho” da parte do Executivo.
“O governo federal vai fazer tudo, tudo, tudo para recuperar o estado do Rio Grande do Sul, porque não é só o povo do RS que precisa do estado recuperado”, disse o presidente. “O Brasil precisa do RS recuperado. Tenha certeza que não faltará empenho da nossa parte.”
O mandatário, que esteve com vários ministros no Rio Grande do Sul nos últimos dias, também prestou solidariedade aos gaúchos atingidos pelas enchentes, e recordou outros episódios climáticos graves ocorridos no estado desde o início de seu mandato, como a seca do começo de 2023 e as inundações no Vale do Taquari, em setembro do ano passado.
Na visão de Lula, a tendência é de que não haja barreiras burocráticas para a aprovação da liberação de recursos. Segundo ele, a ideia é de que todos os poderes trabalhem de “forma unitária”..
“Há 100% de vontade da Câmara, 100% de vontade do Senado, 100% de vontade do Tribunal de Contas e do Poder Judiciário para que a gente facilite, ao máximo possível, os recursos”, afirmou. “Nós estamos 100% comprometidos com a ajuda ao estado do Rio Grande do Sul”, reiterou em outro momento da entrevista.
Para a próxima etapa, Lula deseja estabelecer uma parceria com o governo estadual e as prefeituras gaúchas. O presidente afirmou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) ficou encarregado de ligar para o governador Eduardo Leite (PSDB) para chamá-lo a Brasília, a fim de se discutir os “números grandes”.
“Nenhum prefeito ainda tem noção do estrago que foi feito. […] A gente só vai ter o estado real quando a água baixar e a gente ver o que aconteceu de fato”, disse Lula. “O Haddad ficou de convidar o governador para vir a Brasília, para que a gente possa saber se ele já tem os números que são, se não o total, pelo menos uma coisa muito próxima, pra gente começar adiscutir no Congresso Nacional”.
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