Nesta quarta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade aos familiares das vítimas de um ataque a tiros em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. O episódio trágico, que resultou na morte de três pessoas e deixou outras nove feridas, foi cometido por um homem de 45 anos que, segundo as autoridades, possuía armas legalmente registradas. Entre as vítimas, estão o pai e o irmão do atirador, além de um policial militar.
Em uma publicação nas redes sociais, Lula condenou o que chamou de “distribuição indiscriminada de armamentos” no país. "Isso não pode ser normalizado: a distribuição indiscriminada de armamentos na sociedade, com grande parte deles caindo nas mãos do crime, é inaceitável", escreveu o presidente, estendendo suas condolências às famílias das vítimas e à comunidade afetada.
O incidente teve início quando o homem manteve familiares em cárcere privado. Após nove horas de negociações frustradas, a polícia invadiu o local, onde encontrou o atirador morto e os sobreviventes gravemente feridos. O autor dos disparos, identificado como CAC (Caçador, Atirador e Colecionador), estava armado com quatro armas registradas.
O presidente aproveitou a ocasião para criticar a política de armamento do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, que facilitou o acesso a armas e munições à população civil. Desde a campanha eleitoral de 2022, Lula se posiciona contra essa flexibilização. Em 2023, o atual governo implementou um decreto que restringe o número de armas e munições que civis podem adquirir para defesa pessoal, uma medida que vem gerando críticas de setores da oposição e de associações que defendem os CACs.
O episódio reacende o debate sobre segurança pública e controle de armas no Brasil, em um momento em que a flexibilização do acesso a armamentos segue dividindo opiniões no Congresso e na sociedade.Com informações da g1rs
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